11 Nas primeiras expansões do jogo havia dois tipos de carta que não diziam afinal qual era o seu tipo de carta. Cartas de criatura costumavam dizer "Invocar Qualquer Coisa" em vez de mais explicitamente "Criatura — Qualquer Coisa"; e auras costumavam dizer "Encantar Qualquer Coisa" em vez de "Encantamento — Aura".
12 O mais raro que um terreno básico alguma vez foi editado foi como raro, em Alpha! Como parte do plano da Wizards de evitar que os jogadores soubessem quais as raridades das cartas (como foi mencionado no ponto 9, lembras-te? Sim, eles nessa altura faziam questão em dificultar que essas coisas se soubessem), uma das "raras" que se podia abrir numa paqueta era uma Ilha. A ideia na altura era que ninguém suspeitaria que a Ilha era a carta rara dessa paqueta, por isso erradamente assumiam que a rara seria outra carta. O plano falhou horrivelmente pois os jogadores partilhavam informação sobre as paquetas entre si e eventualmente descobriram que havia uma Ilha rara. A partir daí, os jogadores praguejavam cada vez que lhes calhava uma Ilha numa paqueta...
13 Um terreno básico foi editado mais vezes que todos os outros. Não foi a Ilha, embora essa esteja em segundo lugar graças à Ilha rara de Alpha. O primeiro lugar cabe à Montanha, que foi editada em Arabian Nights, mas mais nenhum terreno básico foi editado nessa expansão. Como é que isso aconteceu? Foi um engano. Originalmente, era suposto todos os cinco terrenos básicos serem editados na expansão, de maneira a que tudo o que fosse necessário para jogar Magic com cartas de Arabian Nights estaria numa paqueta de Arabian Nights. (Isto era importante, uma vez que o visual da parte traseira das cartas era suposto mudar, lembras-te?) Quando afinal decidiram não mudar a parte de trás das cartas, decidiram também que os terrenos não eram necessários, por isso retiraram-nos todos da expansão. Bom, todos <i>menos um</i>. Uma Montanha acabou por ser editada na expansão por se terem esquecido dela quando retiraram os restantes quatro terrenos
14 Há umas quantas cartas em Magic que não apareceram primeiramente em nenhuma expansão. Cinco delas (Arena, Giant Badger, Mana Crypt, Sewers of Estark e Windseeker Centaur) eram cartas promocionais que podiam ser adquiridas enviando um formulário para a Wizards que vinha com os livros de Magic. Essas cartas tinham como símbolo de expansão uma caneta (que recentemente voltou a ser usado na carta Jace Beleren que vem com o livro Agents of Artifice). Ainda outra, Nalathni Dragon, foi oferecida a quem fosse à convenção Dragon*Con em 1994. As queixas do público foram tão acentuadas que a Wizards decidiu nunca mais editar cartas originais sem ser em expansões. Nalathni Dragon foi mais tarde inserida numa edição da revista Duelist, uma revista produzida pela própria Wizards, para permitir que quem não tenha podido ir à Dragon*Con também pudesse ter uma cópia da carta.
15 Hoje em dia, as novas expansões de Magic são lançadas certas como um relógio bem coordenado, mas nem sempre foi assim. As primeiras três expansões (Arabian Nights, Antiquities e Legends) tiveram todas que ser reeditadas devido a erros nas impressões. Arabian Nights tinha várias cartas onde a bolinha das manas incolores tinha sido mal impressa, fazendo com que o número que era suposto conter se visse muito mal. A Wizards detectou o problema relativamente cedo e conseguiu voltar à gráfica para o corrigir. Se abrisses uma paqueta da primeira versão (hoje consideradas cartas de coleccionador, ironicamente) podias trocá-la pela versão corrigida. Antiquities teve um erro que tornava possível obter duas comuns duplicadas na mesma paqueta (o que era relevante, pois na altura expansões mais pequenas vendiam-se em paquetas com menos cartas; neste caso, paquetas de oito cartas). Mas Legends foi editada com o erro mais bizarro de todos. Todas as cartas incomuns foram dividas em dois grupos, aqui referenciados como grupo A e grupo B. Uma caixa de paquetas do grupo A só continha incomuns do grupo A, e uma caixa de paquetas do grupo B só continha incomuns do grupo B. O que significava que, se todas as paquetas que comprasses pertencessem ao mesmo grupo, faltar-te-iam metade das incomuns da expansão.
16 No início de Magic não havia o símbolo T. A cartas das primeiras expansões limitavam-se a dizer "Vira para fazer algo". Com a expansão Revised apareceu a primeira versão do símbolo (ver imagem em baixo), como um T maiúsculo ligeiramente inclinado dentro de um círculo. Como já te deves ter apercebido, "vira" em inglês escreve-se "tap", daí a letra T. Mas exactamente porque a palavra "tap" não começa pela letra T em todas as línguas em que Magic começava a ser traduzido, o símbolo teve que ser mudado. Em Quarta Edição, o novo símbolo passou a ser um rectângulo preto virado a 45º com uma seta branca circular dentro dele. E depois em Oitava Edição, o rectângulo preto saiu e ficou apenas a seta circular, tal e qual como todos conhecemos hoje o símbolo.
17 O símbolo T não foi o único símbolo que mudou ao longo dos anos. O símbolo de mana branca que conhecemos hoje não é igual ao que as primeiras expansões nos apresentaram. O símbolo de mana branca original, que embora fosse suposto representar um sol, parecia-se mais com um simples círculo (ver em baixo). Não era distinguível o suficiente e era difícil de perceber o que era ao longe. O novo símbolo tem mais redemoinhos à sua volta e já não é tão redondo. A mudança ocorreu na expansão Ice Age.
18 Outra coisa que também não se manteve constante desde o início de Magic foi a bordadura das cartas. Mas nem me refiro aos pequenos pormenores que diferenciam cartas de Alpha de cartas de Unlimited, Revised e Quarta Edição. (Que quando digo que são pequenos, quero dizer mesmo pequenos. Pormenores tais como a presença ou não de uma linha entre a arte da carta e a bordadura à volta, diferenças de luminosidade e de qualidade de impressão e afins.) Estou a falar da reviravolta completa que Oitava Edição deu ao visual das cartas, como podes ver na imagem abaixo. Outras expansões que também ofereceram uma bordadura alternativa, embora por uma vez só, foram Caos Planar (Planar Chaos) e Visão do Futuro (Future Sight).
19 A revista GAMES, uma revista bastante popular nos Estados Unidos, organiza anualmente um "Hall of Fame" para jogos. As suas regras são que um jogo pode ser elegível após dez anos de ter sido posto à venda. Magic teve a honra de ter sido eleito logo no primeiro ano em que o podia ser, o primeiro jogo alguma vez a ter essa honra. (E note-se que esta "Hall of Fame" foi criada em 1984.)
20 Existem para cima de 10.000 cartas diferentes em Magic. A carta número 10.000 foi editada em Fragmentos de Alara (Shards of Alara). Na altura, a Wizards queria celebrar o evento com pompa e circunstância, mas acabou por não o fazer por haver demasiadas maneiras diferentes de calcular afinal qual era precisamente a carta número 10.000.
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